quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Que a morte viva






O tempo passa no vazio 
de uma longa história 
que se acaba sem respostas.
As perguntas vagueiam 
nos limites da mente.
As arvores caem, 
as nuvem se espalham, 
tudo se repete 
de uma forma diferente.
Todos tentamos vencer 
procurando um ideal em vida
Mas no fim 
somos vencidos pela morte.
E que a morte viva, 
que viva e me diga 
se é a morte um sonho, 
ou um despertar,
se é necessário o pesar, 
se é besteira chorar,
se só o Amor salvará, 
a alma viva da carne que não durará
sei que virá, só sei que virá.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

O Ajuste Frequente



"Experiências vêm, 
conceitos mudam,
a vida segue
e o ser transmuta.
O ajuste deve ser frequente,
a frequência sendo sutil
colhe frutos na estação
e não quando quero, 
porque o meu querer
pode não ser o que queria,

pois o que eu quero
tem tempo de chegada
e a partida será doce e não amarga"

(Diego Carvalho)

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O Beijo de Boa Noite


Sem saber que estava pela metade
que tudo aquilo era pura vaidade
e embaçado pela realidade
que só pode ser se eu mesmo acreditei.

No dialogo entre o eu para o impessoal
adormeço e desperto a cada dia
despertar é instantâneo e imemorial
nesse corpo momentâneo que me atrofia

Sentimentos dão sentido a esse mundo de alegorias
Amor, Paz, Felicidade e Harmonia
são sonhos carregados na bagagem da energia
que me move a crer que na realidade isso também contia

E de mim para ele sou o fruto da estação
e dele para mim sempre impulso de fertilização
que me ensina a ver aos olhos do observador
mesmo sendo observado como um simples amador

Assim eu vejo
o que me move...

Aquele beijo de boa noite
nas mãos de quem nunca dorme..

(Diego Carvalho)

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O Homem sem Face




O homem sem face desdobra o globo,
transforma o mundo,
cativa os fracos,
os cega e os mata
e eles adoram.

a vida por eras é encaminhada ao caos
que gera a sua importancia,
os cavalos estão loucos
cavalgarão sobre nossas cabeças,
ainda assim sorridentes
buscamos a mão do homem sem face.

só ele nos salvará da dor,
não com mentiras,
isso ja se tornou verdade.

mas ainda cegos,
ainda presos,
sim prisioneiros...
queremos sempre mais dele
e ele quer ainda mais de nós.

será ele Deus?
será ele homens?
sim homens...
homens mascarados pela sua ignorancia,
homens que te matam por riquezas,
homens que se destruirão por soberania,
clero e nobresa sempre estiveram lado a lado.
enganando suas vitimas,
deturpando seus valores,
descobrindo seus temores.

siga-me ou será destruido,
alienando tudo que possivel
produtos,
pessoas,
programas,
noticias,
crenças,
a parte de dentro q cabe a você.

não é só você
caminhando sem rumo todos estamos
essa era vai destruir tudo que cultivamos.
culpa sua...
culpa sua...
sua face será pisoteada
mas ainda assim oque fez não concertaremos.

falo por muitos...
falo de muitos...
porque sempre fomos um
e traímos a nós mesmos!

(Diego Carvalho)

Oque vale aqui?



Dizem que são livres os fantoches
Fantoches que dizem que os outros são..
Fantoches do governo?
da religião?
No mais intimo, fantoches de nós mesmos..
Fantoches de nossa própria incompetência..
Incompetentes no ato de respeitar e amar a nós mesmos..
Nós mesmos somos o espelho de todo o resto..
Todo o Resto se une a cada um de nós
E essa união nos faz ser um..
um organismo no qual cada individuo deve servir para somar
mas os fantoches incompetentes estão em alta.
Dizer que não sou um, é falso
dizer que sou, é falso
É tudo falso?
Pergunte..
Por agora só percebo sem perceber,
quantos de nós existe neles e quanto deles existirá em nós..
Não julgue, você esta em mim e eu em você..
Sou capaz, assim como você, do melhor pensamento e da mais perversa atitude..
Oque vale aqui, é o que se perpetua e continua vivo muito alem de sua morte...

(Diego Carvalho)

A Pena das Normas

sei enlouquecer, 
sei profetizar, 
sei fazer doer, 
sei 
também curar
 
sei que não sei nada 
porque quis saber mais, 
sei que sou o nada, 
o tudo e muito mais, 


e não há limites 

para se saber 
que não vale a pena ser normal
nas normas de quem faz o mal

(Diego Carvalho)